A doença COVID-19 vem trazendo muito mais do que preocupação com saúde, economia, contas para pagar – para muitos, não só preocupação, mas verdadeiro pânico… O confinamento obrigou as empresas a rapidamente transformarem suas operações, começando por colocar funcionários e colaboradores em regime de home office.
Será que isso está sendo feito de forma segura, garantindo a segurança de dados, por exemplo?
O próximo passo foi correr para a internet, e muitos se veem com sites e perfis em redes sociais desatualizados, operações físicas internas e externas muito lentas, obsoletas e até engessadas, presença fraca na internet, meios de comunicação com o cliente ultrapassados, dentre outros.
Algumas buscas por soluções na internet e de repente o empresário se vê diante de um mundo que já vem se transformando há algum tempo. Seus concorrentes estão lá, mais modernos e mais presentes. As soluções já existem… “por que eu não investi em automação de processos, em sites amigáveis e bem posicionados, em equipes bem treinadas para lidar com tecnologia?
Calma, ainda é tempo e esse momento, em que todos buscam adaptação, é uma ótima oportunidade de transformação empresarial digital. É chegada a hora de cortar custos com operações físicas que não fazem mais sentido.
A empresa funcionou bem em regime de home office? Faz sentido manter o imóvel alugado? Se precisamos da sede física, é necessário que seja tão grande ou num endereço tão caro?Quais são os valores que se quer passar aos clientes, aos funcionários, à sociedade? Menor custo, maior valor agregado, melhor preço? Até que ponto consigo automatizar minha empresa e em que pontos a operação precisa permanecer off-line?
ATENÇÃO… a migração da operação para o mundo digital deve ser rodeada de cuidados. A Lei Geral de Proteção de Dados, que se não sofrer mais uma alteração entrará em vigor em agosto próximo, é um deles. Como será o tratamento de dados entre clientes, funcionários, nuvem? As regras de uso do site é outro cuidado, com Termos de Uso e Política de Privacidade adequados à atividade da empresa, e não copiados de outra pondo em risco toda a operação.
Além disso, como está a proteção dos ativos intangíveis da empresa, como marca, software, banco de dados? Há registro no INPI? Há contratos e licenças de uso de software formalizados e assinados de forma eletrônica, com aplicação de legal design? Essas são algumas providências essenciais para que a empresa esteja juridicamente protegida para atuar na internet e, ao mesmo tempo, tenha agilidade nas negociações.
Enfim, sair da era off-line e entrar na era digital não é fácil, mas vem se mostrando fundamental! A segurança e sucesso da operação dependem de investimentos em estruturas técnica, jurídica e humana adequadas e capacitadas. Investimentos altos? Muitas vezes, menores do que se imagina…
Marina Flandoli
27 de março de 2020.